A multidão se aglomera em frente à porta como um punhado de farinha preso a um excesso de manteiga na forma recém untada. Por motivo de segurança para a empresa, é proibido fotografar. Uma menina senta ao meu lado sorrindo para o aparelho eletrônico. O brilho da luz de LED bate no seu aparelho e volta. Desde que ganhou o celular novo não sabe por que tem tido irritação nos olhos. Coincidência. Um velho me encara. Está conseguindo ler meus pensamentos. Ou sente vontade de afundar seus bigodes brancos entre os meus peitos. Coça o saco. Um jovem cede seu lugar a uma mulher de muleta. É a terceira vez que compra alguma coisa para comer. O homem dos lanches deixa cair uma gota de suor no refresco de caju que está servindo. A porta abre. Todos correm para atravessar a porta. O velho faz questão de se esmagar do meu lado. O menino se enrola com o troco e perde a barca. Pede outro refresco.
Cla! Na primeira cena cabe também uma descrição ficticia como essa, além da descrição concreta e física das meninas (rory, ana e inês)- elas podem se misturar, mas é um ótimo momento para falar da multidão!
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