fragmentos do trabalho de João Castilho

domingo, 16 de junho de 2013

Só uma palavra me devora

Só uma palavra me devora, aquela que meu coração já se cansou de repetir em voz alta, bom tom e muito som. Sabe o que é? Fugiu do orçamento, do planejado. Mimado, classe média, explosivo... Para não ser medíocre, classe baixa, covarde. Que descontrole é esse. Tudo isso é medo, romantismo, repúdio à ideia de reprodução dos modelos de herança? Qual a real força da barca genealógica que nos move... ou comprime? A treva está deixando de ficar atraente. E Ele, fracassado, não sabe mais se pode contar com a faxineira que namora, a suicida apaixonada, a filha querida dos pais, o estudante, a deprimida, a dançarina, o   músico, o gentil colaborador... Enfim, já chega. O covarde sou mesmo eu. Desabafo aqui por sei que posso. Ou tá faltando personagem nessa história ou eu sobrei e ninguém ainda teve coragem de me dizer.

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