... por mais distraídos que fôssemos, ainda era preciso buscar distrações
fragmentos do trabalho de João Castilho
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Produção de subjetividade e depósito de crença em objetos aleatórios
Objetos em que depositamos algum tipo de crença, desejo, vontade e/ou produção de subjetividade. Objetos que, por si só, já anunciam uma ideia ou previsão de finitude. Elos criados para o funcionamento afetivo e social, modelos ultrapassados de contrato, acordos ou moldes utópicos. Ruínas que se compram, evidências delas. Mas mesmo assim o fazemos. Ainda não encontramos um novo modo de agir ou agenciar compromissos. Assinamos um contrato de casamento e, ao mesmo tempo em que selamos a nossa união afetiva, a existência do contrato é o que traz a materialidade para o fim da mesma. O contrato é a evidência do fim, é o suporte para uma reclamação ou questionamento posterior. O contrato é então maior do que amor. Seja lá o que ainda entendemos e praticamos como amor. O problema está no PAPEL. O problema está na representação que impregnamos ao objeto aleatório. Os noivos felizes, ali tudo parecia ainda ser construção, mas já era ruína. Ruína anunciada pela lei. É um direito do cidadão poder recorrer.
assim como o contrato,
segue uma pequena lista de objetos aleatórios:
- anel de noivado
- anel de casamento
- aliança de qualquer tipo
- contratos em geral
- conta conjunta em banco
- placas que batizam lugares
- placas que batizam pessoas
- placas que ditam regras
- placas e regras de um modo geral
- certidões
- procurações
- constituições
- planos de governo
- documentos de garantia
- constituições
- códigos de conduta
- tratados horizontais ou verticais
uma infinidade de find pré-estabelecidos
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todo recomeço é um fim
ResponderExcluira existência do vazio é um fato da experiência
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