fragmentos do trabalho de João Castilho

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Correspondência Nordeste

Ana - Por que toda vez que eu viajo em algum momento entro em desespero querendo voltar?
Eu - Acho que é natural, viajar mexe com a gente. Só não me diga que entrou nessa ontem à noite. Nós tivemos uma noite bem emocional por aqui e cogitamos voltar antes. Eta sintonia doida. Passada a crise, vamos seguindo...
Ana - Então não cai pra trás... Ontem minha ansiedade nem me deixou dormir. Quando acordei hoje tava com o coração apertadinho...

Eu - Te liguei. Tô no centro histórico agora. Te lanço uma pergunta: com quantos dados se faz uma ruína?
Ana - E eu pra te responder, te pergunto: com quantas tentativas de fulga se faz um giro? Beijos da Ana rodando e parando no mesmo lugar. Só que outro.
Eu - Quero girar até perder essa hiperconsciência disfarçada de sensibilidade. Beliscões, susto, balde d'água na cara... será preciso mais o que?
Ana - Será preciso a navalha! A da asa da borboleta... e aqui também estão extintas.
Eu - Tô indo pra Recife agora, procuro por lá...

Ana - Você passa de um cara imerso no trabalho para o trabalho estar perfurando você! Abre o olho com as ruínas! Elas encantam mas machucam... rs
Eu - ''A paixão vive pela repetição e a repetição converte em arte uma tendência. Cada vez que se ama é a única vez em que se tem amado.'' Não podemos ter na vida mais que uma grande experiência... o segredo qual seria? Vou pisando em pregos para não pisar em ovos. rs
Ana - Só para corrigir uma coisinha: não podemos ter na vida MENOS que uma grande experiência. Vou pisando em conchas para não queimar o pé.

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