fragmentos do trabalho de João Castilho

sábado, 29 de junho de 2013

carta ines - segunda versao


ines: então o homo habilis criou a roda em que o hamster fica girando. girando. girando. girando... o ratinho falha com os prazos. demora demais para escolher um meio. erra a soma. reprova a sétima série... escolhas demais. muitas opções. não vai  alguns aniversarios por preguiça. fuge do exame de próstata. não se comove mais com o discurso de dor de ninguém. desculpa, hem... roi a gaiola e observa a rua. um homem tem um orgasmo, uma mulher espera. um ritual de encarnação. o contorno das unhas sangram. Ninguém em pé na calçada. os relógios foram trocados pela ansiedade das pernas. tec tec tec tec tec tec. um morto-vivo cai. caí dentro do meu próprio umbigo e me arrependi de nunca ter lavado bem. uma gargalhada e o metrô vai embora. um elevador grita. mãos suadas puxam a corda. a máquina não pode parar se não a cidade implode. a babá deixa o próprio filho e atravessa a baía pra cantar para o filho de outra. qual dos motivos eu escolho para ficar no meio do caminho? a pele é só superfície. seria injusto a essa altura não dizer que eu nunca fiz uma carta. que depois de um certo cansaço, você não tem mais nada para dizer. e não tem nada a ver com sorvete, borboleta, relógio, fado. querer dormir quando se tem uma insônia é muito mais parecido que qualquer outra metafora. é só dormir. sem verso, sem razão, sem preparo. cicuta e mel em 2 goladas e meia. pensar em 3 razões para não cuspir naquele cobertor compulsivo em cima de você. repulsão ao próprio corpo. autoflagelação. culpa cristã. vontade de trepar com o capeta. 3 pedras de carbureto. gora, ratinho, gira. às vezes a gente cansa! de ter a pálpebra transparente e a pele ácida. uma hora todo mundo vai embora. é diferente pra nós e pra eles, o tempo. e ai ter que fingir fingir. mas a gente falha. e a gaiola fechada é aberta demais para ser inundada pelo gás. mas vc acha que morreu. e dorme. sem carta. aí vc acorda. e tudo bem. porque você conseguiu dormir e o tempo continua passando esquisito. mas tudo bem. você consegue dormir. tudo bem. tudo bem. tudo bem.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

desabafo roy - segunda versão

acende um cigarro

Gente. Eu não to entendendo mais nada! Tem um homem e ele fica por aqui dando ordens e tentando fingir que coincidência é escolha. Por mais que eu seja distraída eu fico buscando distrações e eu tenho uma lista pra cumprir. Mas vocês… vocês não. O que eles querem é que a gente exploda de tanto comer pão de queijo, não dá pra perceber? Mas de quem eu tenho mais pena mesmo é da pequenininha....tadinha. Fica todo mundo se esbarrando e pedindo desculpa e esbarra de novo e pede desculpa.
Eu queria aprender a não pedir desculpas mas essa coisa premeditada  da alegria é muito decadente... Ihh...A gente nem se conhece. Desculpa. Ai, que exposição desnecessária.... A gente nem se conhece... Eu nem fumo na verdade...

come uma maçã enquanto fala. aos poucos vai ficando em pé em cima dos bancos

Eu tenho uma coisa pra falar. Ei! Eu preciso dizer uma coisa que eu comecei a pensar nos últimos minutos. Tem um homem aqui, o francês, ele é muito espaçoso e usa uns sapatos enormes. A mulher dele, coitada, é obrigada a lavar todos os dias as barcas ouvindo um monte de desaforo e ela consegue ser mais irritante quando esta bem-humorada. O nome dela é Inês porque perdeu toda a cor no mar. Ela era ruiva e deixa tudo , até a morte , com cheiro de maça verde. Enquanto isso você fica aqui, pegando sol, dançando. Hoje nem é seu aniversario! Seu nome nem é Homem. Eu to cansada de todo mundo me tratar como uma criança anã albina e to de saco cheio, de SACO CHEIO, de todo mundo fingir que nada aconteceu. Você nem trabalha aqui, eu perguntei pro moço. Pessoas não ficam por aí borboletando, como se voar e cair fosse a mesma coisa! Aquela bolsa tava aqui desde que eu cheguei. Não vem fingir que é normal, porque a gente mal se conhece e parece sempre que a gente nunca se viu ou que já somos íntimos. E para de me chamar de pequenininha e CHEGA de tradição. O homem corteja a menina. Barca tradicional. Tradicionalmente é falta de educação assobiar quando o outro tá falando. A probabilidade de soltarem a gente na índia e a gente nunca mais procurar a cara um do outro é maior que a probabilidade de isso tudo afundar agora. Será que vocês não percebem que depois que passa, fica tudo sozinho de novo? Ninguém tem controle. Vocês ficam se espiando no banheiro, inventando nome, tentando beijar os outros, mas o dinheiro que eu comprei a porra do pão de queijo era real. Vocês tão no meio do meu caminho e eu não esbarrei em nenhum menino albino em todo esse tempo. E talvez eu até pinte o meu cabelo para fingir que eu não sou ruiva. Se eu vou dar um tiro na sua cara ou não, quem vai saber? Vocês não me conhecem!
Eu estava chorando porque era mais fácil do que rir, mas não que divesse diferença. Era só agua da baia com derramamento de óleo. Eu estava parada, de olhos fechados, tentando me equilibrar e ouvi uma baleia passando. Nem tão fria que parecesse cínica, nem tao perto para ficar cega. Eu fiquei ali, esperando que a baleia me engolisse, no auge da sua crueldade, ela foi embora e me deixou vivendo. Eu só lembro do barulho do meu estomago. Ninguém vai embora, não?

quarta-feira, 19 de junho de 2013

primeiro corte


então o homo habilis criou a roda em que o hamster fica girando. girando. girando. girando... olha... falhei com os prazos. demorei demais para escolher um meio. errei a soma. reprovei a sétima série. fiz escolhas demais. tive muitas opções. não fui a alguns aniversarios por preguiça. fugi do meu exame de próstata. não me comovi com o discurso de dor de ninguém. desculpa, hem. um homem tem um orgasmo, uma mulher espera. um ritual de encarnação. o contorno das unhas sangram. Ninguém em pé na rua. os relógios foram trocados pela ansiedade das pernas. tec tec tec. um morto-vivo, sem nenhuma razão para existir a não ser provocar um acesso de cólera, numa cega que esbarra e cai por cima do corpo putrefato. caí dentro do meu próprio umbigo e me arrependi de nunca tê-lo lavado bem. uma gargalhada e o metrô vai embora. um elevador fogueteia. mãos suadas puxam a corda. a máquina não pode parar se não a cidade implode. a babá deixa o próprio filho e atravessa a baía pra cantar para o filho de outra. qual dos motivos eu escolho para ficar no meio do caminho? a pele é só superfície. seria injusto a essa altura não dizer que eu nunca fiz uma carta. que depois de um certo cansaço, você não tem mais nada para dizer. e não tem nada a ver com sorvete, borboleta, relógio, fado. querer dormir quando se tem uma insônia é muito mais parecido que qualquer outra metafora. é só dormir. sem verso, sem razão, sem preparo. cicuta e mel em 2 goladas e meia. pensar em 3 razões para não cuspir naquele cobertor compulsivo em cima de você. repulsão ao próprio corpo. autoflagelação. culpa cristã. vontade de trepar com o capeta. 3 pedras de carbureto. às vezes a gente cansa! de ter a pálpebra transparente e a pele ácida. uma hora todo mundo vai embora. é diferente pra nós e pra eles, o tempo. e ai ter que fingir fingir. mas a gente falha. e o apartamento pequeno é grande demais para ser inundado pelo gás. mas vc acha que morreu. e dorme. sem carta. aí vc acorda. e tudo bem. porque você conseguiu dormir e o tempo continua passando esquisito. mas tudo bem. você consegue dormir. tudo bem. tudo bem. tudo bem.

fim de partida


Eu não queria desistir antes da hora de fracassar completamente. Gosto do fracasso com gosto de maresia, subindo pela barriga da baleia como lodo. Cheirando a merda e livre arbítrio.
Tenho três argumentos. O primeiro é que não há ninguém mais observador do que eu nesse mundo, só Deus, assim mesmo é páreo duro, Ele leva vantagem pela onipresença; o segundo é que não há ninguém mais transparente do que eu, só a Baía de Guanabara mesmo; e o terceiro é que não há ninguém mais sonso do que eu, só mesmo vocês.
Resolvi radicalizar um pouco a minha estratégia.
A barca é da antiga e atrasou um minuto. Ela gira. Segue 899 destinos, deixando o rastro no caminho, que risca o mar preto com a espuma branca e o céu branco com a fumaça preta. 
Tudo nela conduz ao passado; das cadeiras azuis ''reformadas'' com os braços de madeira, que, descascando, denunciam a ruína, até as janelas guilhotinadas, tão generosas com o vento que invade. Do lado esquerdo, alguns projetos não realizados. Do direito, dezenas de motivos para o vôo. Coletes laranjas no alto. É proibido fumar.
Seu design 3542 veio de Nova Orleans, USA, em 1950. Uma cidade que já virou ruína tem uma construção viva, nadando na baia de cá. 
Pequenos lixos se acumulam rumo à eternidade dentro da mochila. Desculpa ter que forçar uma despedida. Eu queria ter entendido tudo isso um pouco mais que nada.
A treva está deixando de ficar atraente. E Ele, fracassado, não sabe mais se pode contar com a faxineira ruiva, a suicida apaixonada, a filha querida dos pais, o estudante, a deprimida, a dançarina, a síndica do prédio, o músico, a que rabisca, o gentil colaborador… 
Enfim. Chego. Sou levado a crer que há construções nada construtivas e ruínas pouco arruinadas. Tudo segue uma ordem. E nós… não passamos de 0 e 1.

Não bate palma que ela não gosta de barulho quando tá amamentando os filhotes.

domingo, 16 de junho de 2013

Só uma palavra me devora

Só uma palavra me devora, aquela que meu coração já se cansou de repetir em voz alta, bom tom e muito som. Sabe o que é? Fugiu do orçamento, do planejado. Mimado, classe média, explosivo... Para não ser medíocre, classe baixa, covarde. Que descontrole é esse. Tudo isso é medo, romantismo, repúdio à ideia de reprodução dos modelos de herança? Qual a real força da barca genealógica que nos move... ou comprime? A treva está deixando de ficar atraente. E Ele, fracassado, não sabe mais se pode contar com a faxineira que namora, a suicida apaixonada, a filha querida dos pais, o estudante, a deprimida, a dançarina, o   músico, o gentil colaborador... Enfim, já chega. O covarde sou mesmo eu. Desabafo aqui por sei que posso. Ou tá faltando personagem nessa história ou eu sobrei e ninguém ainda teve coragem de me dizer.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

desabafo

RORY:


Gente. Eu não to entendendo mais nada! Tem um homem e ele fica por aqui dando ordens e tentando fingir que coincidência é escolha. Por mais que eu seja distraída eu fico buscando distrações e eu tenho uma lista pra cumprir. Mas vocês… vocês não. Você fica aqui, pegando sol, dançando. O que eles querem é que a gente exploda de tanto comer pão de queijo, não dá pra perceber? Fica todo mundo se esbarrando e pedindo desculpa e esbarra de novo e pede desculpa. Hoje nem é seu aniversario! Seu nome nem é Homem. Eu to cansada de todo mundo me tratar como uma criança anã albina e to de saco cheio, de SACO CHEIO, de todo mundo fingir que nada aconteceu. Você nem trabalha aqui, eu perguntei pro moço. Pessoas não ficam por aí borboletando, como se voar e cair fosse a mesma coisa! Aquela bolsa tava aqui desde que eu cheguei e não é de ninguém. Não vem fingir que é normal, porque a gente mal se conhece e parece sempre que a gente nunca se viu ou que já somos íntimos. E para de me chamar de pequenininha, porque pequena é a a sua capacidade de analisar as coisas. É tudo uma tradição. O homem corteja a menina. Barca tradicional. Tradicionalmente é falta de educação assobiar quando o outro tá falando. Você acha que na lápide se escreve o nome ou quem foi? Quem é Inês? A probabilidade de soltarem a gente na índia e a gente nunca mais procurar a cara um do outro é maior que a probabilidade de isso tudo afundar agora. Será que vocês não percebem que depois que passa, fica tudo sozinho de novo? Para de fingir que existe controle. Nenhum de vocês sabe se eu vou entrar aqui ou não. Vocês ficam se espiando no banheiro, inventando nome, tentando beijar os outros, mas o dinheiro que eu comprei a porra do pão de queijo era real. Eu não sei de vocês. Eu sei de mim. E vocês tão no meu caminho. Eu não esbarrei em nenhum menino albino em todo esse tempo. E talvez eu até pinte o meu cabelo para fingir que eu não sou ruiva. Se eu vou dar um tiro na tua cara ou não, quem vai saber! Vocês não me conhecem! Vocês tão fazendo como se fosse desconfortâvel, mas ninguém quer ir embora! Inês? Cadê Inês? INES!


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Elisa, sinto falta das sutilezas e das coisas que você trouxe na composição. Texto, vontade, angústia... adoraria que vc terminasse de escrever comigo!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ensaio Aberto


coexistencia. encontros. perdemos o sentido cronologico. começamos nos encontros e a interação vai ganhando intimidade. a progressão é vaga. a intimidade é abrupta. do esbarrão em virtude do acaso para o íntimo não é linear. o tempo não é linear ou cíclico. é oscilante. 

tudo é banal. não há importância. o sentido não é a questão. não é fluido. nada acontece, como em beckett, mas tudo está presente. são vários momentos. a construção não é a da importancia e a da verdade. é a construção do qualquer coisa.

a barca não tem o fluxo da cidade. é uma dilatação da realidade. você é obrigado a esperar. 

as relações do não lugar e do não tempo não precisam ser esclarecidas.  

os objetos são aleatórios e a expectativa neles são escolhas. a usualidadecasualidade do objeto muda a cada olhar sobre ele.



surge a poténcia da poesía, do lírico. o verso é abrupto. em seu surgimento esfumaça. o corpo é uma potência como a palavra. 

o desequilíbrio é da barca ou pessoal?

a relação estava no espaço ou no pessoal?   que interessa? explorar o espaço? é dinâmico. Mas a barca é dinâmica? Falta sutileza. E a sutileza se dá no espaço. Eles ganham intimidade entre si, quando começarem a ganhar intimidade com a barca. Não conseguimos compartilhar da intimidade. Eles já são outras pessoas. Fico confusa sobre a personalidade. o banco é específico e o andaime é concreto, mas sua função é abstrata. o andaime vem contra o espaço da barca. 

a experiência real da barca é esgarçada. a barca é a espera da barca. é o ponto de ônibus. São os aeroportos e aviões. são os ires e voltares sem nunca sentir que se sai do lugar. diariamente, até o início.

a medida em que as relações forem acontecendo e ancorando, o espaço vai se firmando - sem deixar de ser fluido - e a barca fica mais palpável

nas relações superficiais, a gente não observa muito o espaço. 

a barca seria um outro personagem? ganhamos intimidade com o espaço que passamos todos os dias? será que damos carinho às coisas que não nos dão nada em troca?

A barca com o avião é um espaço que não tem nome. a fronteira é um entre. o lugar é vazio. indefinido. Se sai e se chega. o meio é invenção. 

O victor começa narrando. afoito. como se quisesse dar conta do acaso. suas camadas são a da narração - falha - e a materialidade, de apropriação - falha . O victor é uma falha. Não é possível dar conta.

Vamos fazer mais um momento de narração do Victor?

medo do silêncio.

medo do vazio

a gente se mexe pra não ser engolido pelo tempo.

primeiro eles deveriam ser distantes e ariscos, para a intimidade 

na imaginação do autor a personagem teriam uma essência que vista de fora seria uma caricatura. . o teatro é um equivoco. uma traição. se um homem não se revela ao autor, porque um personagem se revelaria para seu interprete?


- tá tudo bem?

- o excesso de desdito protege a distancia 

- você acha que tá longe?

- tá quase acabando

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rory: você quer conversar?

ines: não

rory: quer sentar do meu lado?

ines: a gente nem se conhece

rory: mas.. eu…

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ines: me fala uma coisa bonita?

victor: ah, essa de novo não. to ocupado escrevendo um romance

ines: hmmm

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ana: não sei por que compra o pão de queijo se vai fica tudo aqui.. (joga dentro da bolsa azul.)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

ines

- ines, eu fiz um desenho seu
- eu to caindo
- não... você tá voando
- não... eu to caindo



domingo, 2 de junho de 2013

acontecimento barca em 360º

Foi logo num 25 de dezembro. Do ano passado. Meu pai, médico, não conseguiu trocar o dia de plantão e teve que trabalhar no natal, em Niterói. Fomos eu, minha mãe, meu irmão e minha vó almoçar com ele em Niterói mesmo e voltamos pro Rio de Janeiro de barca.
            Minha vó é do interior de São Paulo, nem sabia que a barca existia. Minha mãe mora em Petrópolis, nunca tinha andado de barca. Meu irmão, apesar de morar no Rio já ha uns meses, também não. Guiei eles para a entrada e a barca saiu.
            Já não lembro muito bem, mas em algum momento percebemos que a barca estava dando meia volta. Pensamos que havia acontecido alguma coisa no caminho, ficamos chateados de ter que voltar para Niterói e arranjar um outro jeito de sair de lá. Aí quando estávamos virados de volta para Niterói, a barca não seguiu reto. Continuou virando, nos deixando finalmente de frente para o Rio de Janeiro de novo. Aí ela não seguiu reto, continuou virando.
            Foram quatro horas rodando em volta de nós mesmos em plena Baía de Guanabara. Todos foram informados de que a barca tinha algum problema, mas que tava tudo bem. Claro que isso não evitou que muita gente entrasse em pânico. Em alguns segundos metade da barca, inclusive minha mãe e minha vó, já tinha garantido seu colete salva-vidas.
            E uma senhorinha, tadinha, que eu tava tentando acalmar com meus conhecimentos até relevantes do funcionamento de um barco, pediu pra, se alguma coisa acontecesse, eu salvar o filho dela e deixar ela pra lá. O filho aparentava ser uns 10 anos mais velho que eu, com seus 20 cm a mais de altura.

            Eventualmente outra barca emparelhou com a nossa, amarraram as duas e finalmente atracamos no Rio de Janeiro. Minha mãe, minha vó e o resto de meia barca tiraram os coletes, seguimos nossos caminhos pra casa. Como já tava tarde, pegamos um taxi. E ainda tivemos que ouvir nossa própria notícia no rádio. Rindo muito, é claro.

Por Maíra Barillo