... por mais distraídos que fôssemos, ainda era preciso buscar distrações
fragmentos do trabalho de João Castilho
sábado, 29 de dezembro de 2012
as mãozinhas dançando no ar
Louca. Doidinha, coitada. Aquela coisa... Está sozinha mesmo quando tem alguém por perto. Alonga os braços para alcançar outra mão que não diz nada. Fica sozinha de novo. Bate palma. Dança como se esperasse. Anda como se não acabasse. Brinca querendo brigar. Um erro comum. Observa, senta e observa. Outros andam, se preocupam, descrevem. Ela senta e observa. Aponta e ri. De novo, sozinha.. A auto suficiência constrange os outros. Eles vão embora. Ela nada, dança, observa. Caetano canta. Ela gira. Não liga. as costas dançam. A cabeça cai... as costas pesam... Leve deita. Volta e dança e nada. Não percebe o obstáculo, acha que se move sozinha. Finge que não liga. Brinca com os dedos dos pés, briga. Só restam eles. O espaço esperando ser dançado e Caetano. Então, ela esbarra.
- Opa!
- Desculpa... É que nunca vem ninguém por aqui...
- Sério? Eu moro aqui.
- ....
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