fragmentos do trabalho de João Castilho

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Samurai

Quanto querer cabe dentro do fracasso? Gosto do fracasso do desamor choroso que desmancha lânguido no travesseiro do Homem que é só. Todos sabiam que não seria rápido transitar do controle, da opção pelo controle, da ilusão de controle até a exaustão transparente que tudo revela, tudo observa. Dizem que há uma arte de não interpretar como poesia corpórea do ator, o que finge que finge. Cair aos pés do vencedor, lançar água doce feito golpe nas suas fronteiras. Sussurrar o fracasso com gosto de maresia. É daí que surge a brisa. Ela invade. Não há brisa sem maresia. Não há fracasso que não se sinta atraído pelo balanço sonso do mar... Esse sim: onipresente, onipotente e tão ausente no querer. Mentira. Pára de mentir. Força forjada. Dizem que o amor atrai Samurais, vestidos de Baleia, na estação das Barcas, coreografados para o fracasso. Se não mata, feri. Apatia, desespero, vulnerabilidade, memória viva, corpo morto. A morte é a maior e mais evidente condição de estar vivo. É preciso estar vivo pra receber o fracasso, de braços abertos, divisas encharcadas, pernas esvoaçantes e pálpebras ácidas. A essa altura não dá pra negar a curva da existência. Guerreio desenhando um escudo atrás de mim mesmo, como quem nega o abismo hesitante. Esclarecedor. Convincente. Circunstancial. Tudo segue uma ordem? E nós?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

ines

No Brasil, estimativa indicam que em 2010 cerca de 24 pessoas cometem suicídio por dia, principalmente em regiões mais desenvolvidas economicamente. Os maiores índices são do Rio Grande do Sul (11 para cada 100 mil), sendo Porto Alegre a capital com maior taxa de suicídios (11,9 para cada 100 mil).